Respeito Sim! Tolerância Não!

Neste lugar estão aqueles que não aceitam a tolerância em quaisquer tipos de escolhas, de opções, de sexualidade, de religiosidade, de naturezas.

Este é o movimento dos “basta!”, “chega!” e “não!”.

Basta de falsa paz, de falsa aceitação. Basta de hipocrisia e de medo.

Chega de falsidade, de olhares tortos. Chega de querer que todos tenham as mesmas escolhas e os mesmos caminhos.

Não à convivência forçada, não ao moralismo pobre. Não ao individualismo e ao preconceito.

Aqui estão os que rejeitam a tolerância, pois ela é o limite da coexistência. É o fósforo próximo à pólvora. O punho cerrado frente às diferenças.

Por isso, não queremos ser tolerados.

Exigimos RESPEITO.

domingo, 28 de março de 2010

A união das gerações garante a defesa da nossa religião

- A hora é agora -

Existem assuntos que merecem ser “revisitados”, a partir dos olhares de quem têm a história acumulada, não só pela experiência, mas por compreensão da necessidade de socialização, ou seja, a divisão de responsabilidades, inclusive naquilo em que pensamos e fazemos. E esta partilha se dá entre os “mais velhos - X e os mais jovens- Y”.

A nossa espiritualidade, religiosidade, crença, fé, sem dúvida alguma, é uma delas. Isto é, a nossa escolha religiosa é foco desta comunhão, no sentido de compartilhar, entre a geração X [nós, pais] e a geração Y [eles, nossos filhos]. Reivindicamos este debate até porque muitos irmãos de religião estão sentindo a falta que faz a união entre fé e ritualística para continuar promovendo a força e a esperança de um mundo melhor. Mas voltemos a nossa geração jovem, pois ela é o futuro. E este nos interessa também.

A nova geração, conforme estudos da área da psicologia, chamada de geração Y[i], é inquieta, impaciente, onde o fator tempo é o aqui e o agora. Ela gira em torno do seu eu — é egocêntrica, tem preocupações ambientalistas, se adapta facilmente às novas tecnologias. Estes jovens questionam as autoridades e apostam em suas convicções.

Essa geração inspira confiança quando falamos de liberdade. Eles expressam o que sentem e o que desejam. Querem uma vida melhor. São autênticos e buscam uma ética social. A provocação é a seguinte:

O que isso tem a ver com as religiões? Muito ou tudo.

Como adiantamos, sabemos que o mundo religioso está sendo questionado em seus rituais e simbologias. E agora precisamos estabelecer um diálogo com inúmeras frentes e, em especial, com aqueles que são a expressão da atualidade e possuem uma identidade que se manifesta e não se esconde, no caso a geração jovem - o Y.

A geração Y procura equilibrar sentimentos, família, amores, natureza e conscientização. Eles são, na maioria, harmonizadores de vidas íntimas. Casam tarde, porque acreditam no amor igualitário e sentimental, e não no amor formal. Creem nas religiões que preconizam o bem-estar, a elevação espiritual seguida de ritos de iniciação.

Como vimos, o jovem tem pressa, e este momento é dele também. Pois ele sofre, igualmente, a rebeldia de suas próprias convicções. Entendemos, contudo, que toda rebeldia possibilita brechas, inclusive, erros nascidos da impulsividade. Mas, não perdemos de vista, que, por meio, da impulsividade muitas vezes as mudanças acontecem.

Nesta perspectiva, considerando ainda a questão religiosa, a geração Y busca a paz interior, as saudáveis relações interpessoais e intrapessoais, o crescimento espiritual, como já foi colocado. Estes patamares aproximam ainda mais esta geração e as religiões, em especial, a afro, que une uma comunidade em prol do bem social e dos resgates de valores da ancestralidade e da percepção do oculto.

O oculto desperta a curiosidade destes jovens. E neste sentido, portanto, o ancestral deve ter respostas, que nem sempre são fáceis de responder a essa geração apressada. Acreditamos muito na geração Y, que, além de viver, em tempo real e virtual, a globalização e a comunicação, demonstra a capacidade de criticar, formar conceitos e lutar por suas concepções. Acreditamos na geração Y, como motivadora dos direitos de liberdade e igualdade. Acreditamos na geração Y, por sua rapidez e porque são pró-ativos em questionamentos firmes, sem importar com a hierarquia.

A união e manutenção dos ritos religiosos são urgentes e necessários. A inclusão ou consideração dos tempos atuais e destes jovens – Y – também devem ser contempladas, até porque, eles são o futuro de nossa religião, lutadores pelos seus direitos e de suas famílias, de suas vidas, de suas práticas e daquilo que defendem como ético e, especialmente, pela garantia de liberdade de expressão.

Convite duplo. De igual modo, muitos de nossos leitores são os pais da geração Y e precisam compreender este quadro e acompanhar o pensamento desta moçada. São estes mesmos pais que amam a sua religiosidade, que confiam em seus deuses, no valor de sua crença e serão os verdadeiros multiplicadores desta consciência. Uma vez que podem abordar, discutir, explicitar e oportunizar aos nossos jovens participar desta proposta que considera um outro aspecto da construção de cidadania, hoje ameaçada por leis imorais e antiéticas. Elas, reafirmamos, foram criadas por alguns representantes de um determinado segmento político, em nosso Estado.

Defendemos que, desta maneira, essas gerações juntas, além de trocarem oportunidades de conhecimento, possam lutar com responsabilidade na defesa de nosso direito religioso. Não com tolerância, mas com respeito. No incentivo igual de melhores condições de práticas religiosas e, inclusive, para manter nossa identidade. A identidade e a cara do Rio Grande e do Brasil.

Insistimos. A hora é agora.



[i] Jovens que tem hoje entre 18 e 30 anos. Y de Youpee.

Nenhum comentário:

Postar um comentário